Rio Negro atinge cota de emergência e ameaça mais um bairro de Manaus.

O Rio Negro atingiu cota de emergência de 28,94 cm nesta terça-feira (21) e alcança a faixa de alerta para inundações em Manaus, quando o nível das águas se aproxima de 29 metros. A previsão Serviço Geológico do Brasil (CPRM) é de que o nível do rio deve continuar subindo até o início do próximo mês. Com o avanço das águas, além das ações nos cinco bairros da capital atingidos, a Defesa Civil municipal iniciará monitoramento de possíveis áreas de alagamento no Bairro Mauazinho, Zona Leste. Nas últimas 24 horas o rio subiu cinco centímetros. A média de subida das águas varia entre quatro e cinco centímetros por dia. Nesta quarta-feira (22), a cota está em 28,99 cm. De acordo com o superintendente do CPRM, Marco Antônio Oliveira, o Rio Negro deve subir em ritmo mais lento nas próximas semanas. Ele ressaltou que o volume de chuvas na Bacia Hidrográfica influenciará o ritmo de subida das águas. “Até o início de junho o rio deve continuar enchendo e o nível provavelmente oscilará nos 29m, mas se começar a chover muito na Bacia do Negro e se o rio estiver represado pelo Rio Solimões, ele pode atingir mais de 29m”, esclareceu Marco Antônio Oliveira. Alerta de cheia Segundo o CPRM, o órgão encaminhou o resultado da previsão às defesas civis durante a divulgação do primeiro e segundo alerta de cheia. Na primeira previsão em 1º de abril, a cota mínima era de 28,75 cm e a máxima de 29,45 cm. Já no dia 2 de maio, o segundo alerta de cheias apontou uma variação da estimativa de apenas um centímetro nas contas mínima e máxima, ou seja, 28,76 cm e 29,46 cm, respectivamente. Um terceiro alerta de cheia está previsto para ser emitido no dia 3 de junho. Desde quando o Rio Negro começou avançar atingindo áreas da capital, a Defesa Civil construiu 19 pontes (900 metros de estrutura de madeira) nos Bairros São Geraldo, Raiz, Educandos, Glória e Presidente Vargas. Diante do alerta de emergência, o órgão do município iniciará o monitoramento de áreas suscetíveis a alagamentos no Bairro Mauazinho, na Zona Leste da capital. A subida das águas do Rio Negro também ameaça o comércio no Centro de Manaus, que vem sendo monitorado pela Defesa Civil Municipal e Estadual. (Foto: Tiago Melo/G1 AM) O chefe da Divisão de Resposta da Defesa Civil de Manaus, sargento Altacir de Souza, explicou que quando o Rio Negro atinge 29m a área do Centro começa a ser afetada, porque as águas do rio invadem a tubulação de esgoto, que transborda e transforma o local em ilha. No ano passado, mais de 1.600 trabalhadores foram demitidos durante o período crítico nas 300 lojas diretamente afetadas, segundo a Associação Comercial do Amazonas (ACA). Na tarde desta quarta-feira (22), o prefeito de Manaus se reunirá com representantes de defesas civis e secretários para articular ações com foco na cheia deste ano. Fonte: Portal de notícias G1 Amazonas