O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), engenheiro civil José Carlos Martins, destacou o desafio da Engenharia na Amazônia em entrevista exclusiva à equipe do Portal do Crea-AM, durante a 73ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea), que está acontecendo em Foz do Iguaçu (PR). Martins proferiu a Palestra Magna “Engenharia – Crise e Oportunidades”, que abriu a programação do evento. A palestra foi coordenada pelo engenheiro civil Joel Krüger, presidente do Crea-PR. Conforme o presidente da CBIC, por sua grandiosidade, a Amazônia consiste num desafio para as Engenharias seja por conta das distâncias seja devido à natureza dos próprios projetos. Segundo ele, que esteve recentemente na região para debater acerca de uma iniciativa voltada à implantação de aeroportos, é possível desenvolver projetos de Engenharia exitosos na Amazônia desde que se leve em consideração as suas peculiaridades. Outro importante aspecto destacado por Martins é quanto à necessidade de não queimar etapas. “Não adianta fazer algo na correria ou simplesmente porque tem de inaugurar. Esquece disso. Tem que fazer acontecer: com planejamento”, frisou. Nesse sentido, o presidente da CBIC considera que a responsabilidade da Engenharia na Amazônia é muito grande. Durante a entrevista, Martins destacou ainda a gestão do engenheiro civil Cláudio Guenka à frente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas. De acordo com ele, o Amazonas está muito bem representado por se tratar de uma pessoa séria, capaz e responsável. Sobre a Palestra Magna Acerca da palestra que proferiu, José Carlos Martins destacou o momento de crise pelo qual passa o Brasil e dentro desse contexto, as perspectivas em relação à Engenharia. Ele frisou os projetos sociais em Habitação, a exemplo do Minha Casa, Minha Vida, como importantes fatores para impulsionar o segmento da construção. Dados indicam que a demanda por habitação no País chega a 1,4 milhão ao ano. Também foi apontado como oportunidade de crescimento o setor de Infraestrutura. Ele explicou que, apenas para a manutenção da infraestrutura existente no País, seriam necessários 3% do PIB. “Para crescermos de 3 a 4%, precisaríamos de 5% do PIB em investimentos em infraestrutura, fato que geraria mais de 2 milhões de empregos em obras de saneamento, transporte, mobilidade urbana e outras”, afirmou. Adicionalmente, ele tratou sobre a necessidade de garantia de maior segurança jurídica a investidores, incorporadores e construtores. “O principal problema que dificulta o Brasil alcançar a condição de País sério e com credibilidade é a insegurança jurídica. Não é possível viver num país que até o passado é incerto. Enquanto não existir insegurança jurídica o custo será mais caro: seja de uma casa, de um terreno ou de obras públicas”, concluiu. A 73ª edição da SOEA (Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia) iniciou nesta segunda-feira (29). O evento reúne mais de 3000 pessoas em quatro dias de realização. Em paralelo, acontece ainda o Congresso Técnico Científico (Contecc), seguido pelo Congresso Nacional de Profissionais (CNP) a partir do dia dois. Os três eventos são uma realização do Sistema Confea/Crea/Mútua. Texto e foto: Lisângela Costa

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