Equipe multidisciplinar do Crea participa de fiscalização em barragem no Amazonas

Participaram da delegação do Conselho o presidente, engenheiro civil Afonso Lins, a conselheira e geóloga Silvia Gonçales, coordenadora da Câmara de Geologia, e o gerente de fiscalização Jhonny Bonatto.

domingo, 10 de fevereiro, 2019 - 13:02
n


O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (Crea-AM) integrou a equipe que fiscalizou as barragens na Mina do Pitinga, neste fim de semana, em Presidente Figueiredo (a 117 km de Manaus). Foram vistoriados os barramentos de rejeitos e de contenção de água, pertencentes à empresa Mineração Taboca. O Crea-AM atestou ainda o pleno exercício profissional e a responsabilidade técnica no local. 
 
“É importante parabenizar o trabalho que está sendo desenvolvido. Ficou clara a qualidade do serviço prestado na mineração”, destacou o presidente do Crea-AM, engenheiro civil Afonso Lins. 
 
Além do presidente, também estiveram presentes pelo Conselho a conselheira e geóloga Silvia Gonçales, coordenadora da Câmara de Geologia, e o gerente de fiscalização, Jhonny Bonatto. Integraram ainda a delegação o diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Juliano Valente, o secretário de Estado de Meio Ambiente (Sema), Eduardo Taveira, o procurador do Estado, Daniel Viegas, e representantes do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), Ministério Público do Estado (MPE-AM), Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Amazonas (OAB-AM) e Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM).
 
“O Crea-AM cumpre um papel importante com o Ipaam, que é dar segurança à sociedade do que é desenvolvido com responsabilidade na mineração. Verificamos que os itens e protocolos de controle são atendidos”, ressaltou o diretor-presidente do Ipaam.
 
 
Histórico
A descoberta das primeiras evidências promissora da existência de cassiterita nas proximidades do Rio Pitinga foi em 1979. Três anos depois, foi implantada a mina. Entre algumas marcas apresentadas, a Mineradora Taboca destacou: é a maior produtora de estanho do Brasil; o produto tem pureza de 99,90%; a mina tem vida útil de 40 anos; é a maior produtora mundial de Ligas de Tântalo (usado na fabricação de próteses dentárias, turbinas de avião, reatores nucleares, ferramentas de corte e cirúrgicos, como, por exemplo, o bisturis). 
 
As vendas são 32% para a China, 25% ficam no Brasil e 43% são exportadas para Japão e Europa. Em junho de 2018, a empresa chegou a 7 milhões de horas trabalhadas sem acidentes com lesões incapacitantes. As inspeções mais recentes promovidas pela própria mineradora datam do segundo semestre do ano passado e a primeira quinzena de janeiro deste ano.
 
Visita já estava programada
A visita às dependências da Mineração Taboca foi agendada antes do acidente ocorrido em Brumadinho (MG), em reunião realizada com representantes da empresa no dia 14 de janeiro. Com o acidente, o Governo convidou também os demais órgãos fiscalizadores para acompanhar a agenda.
 
Segundo o Ipaam, o Amazonas possui 38 barragens enquadradas na Lei de Segurança de Barragens, sendo 29 destinadas à atividade de aquicultura, oito de mineração e a barragem da Hidrelétrica de Balbina. Destas, Sema e Ipaam são responsáveis em fazer o monitoramento e classificação das barragens voltadas para a aquicultura, enquanto as hidrelétricas e as de mineração são classificadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Agência Nacional de Mineração (ANM), respectivamente. No entanto, o Ipaam acompanha relatórios emitidos pelas agências e vistoria, apesar de não classificar, as demais barragens do Estado.

Veja mais