Cientistas testam painel solar para enviar energia do espaço para a Terra

O painel foi projetado para aproveitar ao máximo a luz no espaço que não passa pela atmosfera

quinta-feira, 25 de fevereiro, 2021 - 13:44

Cientistas que trabalham para o Pentágono testaram com sucesso um painel solar do tamanho de uma caixa de pizza no espaço, projetado como um protótipo de um futuro sistema para enviar eletricidade do espaço para qualquer ponto da Terra.

Conhecido como Módulo de Antena Fotovoltaica de Radiofrequência (PRAM, em inglês), o painel foi lançado pela primeira vez em maio de 2020, conectado ao drone X-37B do Pentágono, para aproveitar a luz solar e convertê-la em eletricidade. O drone circula a Terra a cada 90 minutos.

O painel, de 30 cm x 30 cm, foi projetado para aproveitar ao máximo a luz no espaço que não passa pela atmosfera e, portanto, retém a energia das ondas azuis, tornando-o mais poderoso do que a luz solar que chega à Terra. A luz azul se difunde ao entrar na atmosfera, fazendo com que o céu pareça azul.

O projeto, financiado e desenvolvido pelo Pentágono, pelo Fundo de Aumento da Capacidade de Energia Operacional (OECIF) e pelo Laboratório de Pesquisa Naval dos Estados Unidos em Washington; prevê uma série de dezenas de painéis e, se ampliado, seu sucesso pode revolucionar a forma como a energia é gerada e distribuída para cantos remotos do mundo.

Solução durante desastres naturais

A temperatura que o PRAM funciona é essencial. Pois, eletrônicos mais frios são mais eficientes e sua capacidade de gerar energia se degrada à medida que aquecem. A órbita baixa do X-37B significa que ele passa cerca da metade de cada ciclo de 90 minutos no escuro e, portanto, no frio.

Qualquer versão futura do PRAM poderia ser colocada em uma órbita geossíncrona, o que significa que um loop leva cerca de um dia, no qual o dispositivo estaria principalmente na luz do sol, já que viaja muito mais longe da Terra.

O experimento usou aquecedores para tentar manter o PRAM em uma temperatura quente constante para testar o quão eficiente seria se estivesse circulando a 36.000 quilômetros da Terra.

(Fontes: CNN Brasil e Latina/Foto: Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA)

 

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