
Imagem: Koosha Nassiri Nazif
Pesquisadores desenvolveram um painel solar 15 vezes mais fino do que um papel normal. Até agora, o protótipo voltado para o mercado de energia solar conseguiu apenas 5,1% de eficiência, entretanto a estimativa é que atinja 27%,sendo capaz de revolucionar a indústria de energia renovável
Cientistas da Universidade de Stanford, situada nos EUA, desenvolveram o painel solar mais fino já construído até agora, que promete inovar o setor de energia renovável. O elemento ativo das células de energia solar é um material bidimensional, um semicondutor que conta com apenas uma camada atômica de espessura. O material, que recebe o nome de disseleneto de tungstênio, compõe uma classe chamada de dicalcogenetos de metais de transição, matérias que estão na base de novas arquiteturas da computação, como componentes eletrônicos, células de energia solar e novas tecnologias de telas. Leia também: Grafeno no mercado de armas ganha corpo no Brasil e entusiasma Bolsonaro
Esquema das células solares de TMDs. [Imagem: Koosha Nassiri Nazif et al. – 10.1038/s41467-021-27195-7]
Apesar de serem muito promissoras neste último caso, o fato é que os experimentos práticos realizados até o presente momento não conseguiram alcançar muito mais que 2% de eficiência das células de energia solar de TMDs, contra quase 30% das células a base de silício. Há pouco tempo, uma empresa do RJ criou uma telha de grafeno capaz de gerar energia solar e com vida útil de 80 anos.