Dois bairros de Manaus ganharão estações de tratamento de esgoto em 2016

A Manaus Ambiental já está preparando duas boas novidades para os bairros da Raiz e Cidade Nova já para o próximo ano.

quarta-feira, 23 de dezembro, 2015 - 14:07
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A Manaus Ambiental vai implantar em 2016 duas grandes estações de tratamento de esgoto em bairros da capital amazonense: uma estação na Raiz, Zona Sul, e outra na Cidade Nova, Zona Norte, devendo atender mais de cem mil pessoas. A informação é do diretor de Regulação e Meio Ambiente da concessionária, engenheiro civil Arlindo Sales.   Os projetos já estão em fase de finalização e a previsão é que as obras sejam iniciadas no mês de abril do ano que vem. Sales informou ainda que a estação da Raiz terá capacidade de tratamento de 300 litros de esgoto por segundo, abrangendo todas as áreas da Bacia do 40 até a Comunidade da Sharp. O investimento nessa estação de tratamento é da ordem de R$ 26 milhões.   Já a estação da Cidade Nova, a capacidade total será de 230 litros de esgoto por segundo, com investimento de R$ 24 milhões. “Também será construída uma estação menor, com capacidade de 20 litros por segundo, na Compensa, próximo maternidade Moura Tapajós”, acrescentou o engenheiro, em entrevista exclusiva ao Portal do CREA-AM. O sistema de esgotamento sanitário operado pela Manaus Ambiental possui uma extensão de mais de 478 quilômetros de redes coletoras associadas a 60 estações de tratamento de esgoto e 51 elevatórias, conforme a concessionária. Esse processo divide-se em dois sistemas: “um que abrange o Centro da cidade e partes dos bairros Educandos, Morro da Liberdade, Santa Luzia e adjacências, chamado de sistema integrado; e outro formado por vários sistemas isolados dispostos ao longo da cidade, como é o caso de vários conjuntos habitacionais, residenciais que possuem o serviço operado pela concessionária”, conforme site da companhia.   A previsão de investimentos na ampliação da rede de esgotamento sanitário em 30 anos é da ordem de mais de R$ 2 bilhões. No planejamento da concessionária está prevista a construção de nove grandes complexos de estações de tratamento de esgoto.   CONSUMO E DESPERDÍCIO DE ÁGUA   Durante uma palestra sobre a evolução do saneamento na capital amazonense, realizada recentemente, o diretor de Regulação e Meio Ambiente da Manaus Ambiental, Arlindo Sales, relatou que a concessionária tem capacidade de produção maior que em anos anteriores. “O que precisaríamos produzir para a cidade, se todos consumissem 125%, já incluindo 40% de desperdício de água, giraria em torno de 303 metros cúbicos de segundo/dia; hoje, produzimos quase o dobro, um pouco mais de 600 metros cúbicos diariamente”, explicou Sales. Mas o desperdício de água ainda é um grande desafio para a concessionária. “Se toda a população usasse a água sem desperdiçar, dentro de um dimensionamento correto, racionalmente, a empresa não precisaria produzir tanta água e nem gastar tanta energia para prover o abastecimento da cidade de Manaus”, comentou.   De acordo com o engenheiro, somente o uso do vaso sanitário representa mais de 40% do consumo de água em uma residência comum. “É uma grande falha que, após tanta tecnologia, em diversas áreas, o sistema hidráulico ainda careça de evolução, pois o que temos atualmente são produtos que gastam muita água e mal dimensionados”, disse Sales, citando o exemplo na Engenharia Elétrica, onde a redução do consumo de energia é uma prática recorrente e com muitos produtos como lâmpadas, geladeiras, aparelhos condicionadores de ar, entre outros, que foram especialmente desenvolvidos para economizar energia.      MORTALIDADE INFANTIL   O engenheiro Arlindo Sales destacou a importância do tratamento da água realizado pela Manaus Ambiental para prevenir doenças graves, principalmente em crianças. “Quando chegamos a Manaus, o índice de mortalidade infantil na cidade, relacionado às doenças de veiculação hídrica, era considerado significativo – morriam 30 crianças em cada mil nascidas vivas; já reduzimos esse número na capital, por meio de um rígido controle da qualidade da água, com cloro e flúor”, declarou. Em relação à distribuição da água produzida, a concessionária vem realizando investimentos ao longo dos anos. “Hoje, Manaus possui infraestrutura e grandes adutoras que circulam na cidade e distribuem água nos bairros; esse macro planejamento é um trabalho forte de Engenharia porque, para projetar uma adutora ou reservatório de grande porte, é preciso analisar dados populacionais e previsões de crescimento, os locais que estarão concentrados, se haverá tendência à verticalização ou não, os fluxos migratórios; são dados pesquisados e analisados com profundidade para se elaborar um planejamento macro de ações”, detalhou. Fonte: new.d24am.com  De acordo com Arlindo Sales, Manaus é dividida em 29 pequenas áreas, cada uma com um centro de reservatório com anéis de distribuição de água à população, de acordo com o engenheiro. “O que se faz continuamente é ajustar e reforçar os anéis de distribuição porque os bairros, os conjuntos habitacionais, estão em constante evolução”, salientou. Arlindo Sales citou como exemplo o conjunto Vierialves, no bairro Nossa Senhora das Graças, Zona Centro-Oeste de Manaus. Originalmente, era um conjunto residencial horizontal (de casas) e, portanto, o sistema de abastecimento naquela área era dimensionado para casas. “De repente, sai de uma residência horizontal e começa a ter prédios, e isso fragiliza o sistema porque o dimensionamento do abastecimento de água era para uma outra realidade; essas demandas também representam um desafio para as concessionárias; daí a necessidade de se ajustar e reforçar os anéis de distribuição visando atender a requalificação de uma determinada área”, acrescentou.     Acyane do Valle Fotos: Arquivo-Aleam | CREA-AM | Diversos     Assessoria de Comunicação CREA-AM (92) 2125-7127 [email protected]

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