Empresa multinacional finlandesa de telecomunicações e tecnologia, fundada em 1865; a Nokia teve o seu auge de mercado no final do século 20 até a primeira década do ano 2000, com os famosos celulares tipo tijolão, que foram se aperfeiçoando. Em 2013 passou por uma grande crise, e toda a divisão de celulares da marca foi comprada pela Microsoft.
Depois de todo esse período turbulento, a Nokia continuou seguindo apenas como uma empresa de redes corporativas, principalmente na Europa. E desde 2016 está com a também finlandesa HMD Global, que entrou para administrar a divisão de celulares.
Mas o que tem movimentado o mercado de tecnologia e telecomunicação não foi o ressurgimento da empresa; e sim, o anúncio de que ela, recentemente, lidera um grupo de empresas e universidades no projeto sem fio de 6G chamado “Hexa-X”, que é financiado pela União Europeia.
Com o objetivo de ajudar a introduzir uma nova geração de tecnologia móvel que já está sendo chamada de 6G, ela pretende usar ondas terahertz de altíssima frequência e fornecer conectividade avançada que poderia até conectar tecnologia ao corpo e cérebro humanos, bem como imagens holográficas em tempo real, a partir de 2030.
O projeto está sendo coordenado pela Nokia – que atua hoje como fornecedora de infraestrutura de telecomunicações e não tem a ver com a HMD Global, fabricante de smartphones. Dentre as empresas parceiras estão a Telefónica, que é a controladora da Vivo, bem como a Telecom Itália – TIM Brasil; a fabricante de equipamentos sem fio Ericsson; e empresas de tecnologia, como Intel e Siemens. Além dessas empresas estão participando do projeto as Universidades de Carlos III de Madri, Oulu da Finlândia e a de Pisa na Itália.
Embora a implantação da rede 5G ainda esteja no início em todo o mundo, e ainda nem tenha previsão para o Brasil; a preparação para o desenvolvimento do 6G começa em várias regiões do mundo. Além do Hexa-X liderado pela Nokia na Europa, nos Estados Unidos existem os projetos da Next G Alliance e O-RAN Alliance. Assim como o governo chinês, que também está na corrida pelo 6G, financiando um outro grupo de desenvolvimento.
(Fontes: Bloomberg e Nokia/ Foto: Nokia- Hexa X Project )
