Piso salarial de engenheiro é amparado por lei de 1966 e precisa ser respeitado

A fórmula de reajuste do salário mínimo para os engenheiros — criada em 1966 — considera a soma das variações Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior mais cinco vezes o maior salário mínimo comum vigente no país

quarta-feira, 21 de novembro, 2018 - 16:05
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O cumprimento do piso salarial do profissional de Engenharia é um dos desafios da nova gestão do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-AM). Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) dão mostras de que um dos principais termômetros da economia, a cadeia produtiva do setor de Engenharia, teve uma expansão média de 7,15% no piso salarial dos especialistas, o maior índice percentual desde 2014.
Esse aumento médio do piso salarial alcança os contratos com base de trabalho de até 8h/dia ou 220h/mês e foi de 29% acima da inflação, a maior expansão da Região Norte, de acordo com os dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O reajuste da variação deste ano segue o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) será aplicado sobre o valor dos salários praticados em outubro de 2017 para todos os trabalhadores abrangidos pela Convenção Coletiva de Trabalho.
A fórmula de reajuste do salário mínimo para os engenheiros — criada em 1966 — considera a soma das variações Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior mais cinco vezes o maior salário mínimo comum vigente no país, tomando-se por base o custo da hora fixado em Lei, acrescidas de 25% das horas excedentes até o máximo de oito horas diárias de serviço.
O presidente do CREA-AM, Afonso Lins, explicou que a prevalência de reajuste percentual acima da inflação demonstra que o setor aos poucos retoma o ritmo de expansão, após o impacto da crise financeira sobre a economia interna. Ele afirma que este movimento já era esperado, uma vez que o setor possui hoje um capital humano entre os mais especializados da economia e avançou muito nos últimos anos em virtude de uma demanda reprimida.
“Existem atualmente mais de 22 mil profissionais inscritos de Engenharia e Agronomia, além de outros de áreas afins, por isso é importante gerar cada vez mais oportunidade e renda no atual cenário de mercado. Nossa expectativa em médio prazo é de que o setor volte a ganhar novo fôlego até a acomodação, em meados de 2020”, acrescentou Lins.
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