Prefeitura de São Paulo cria micro-casas para sem-tetos

O programa é inspirado no conceito Housing First. Iniciado nos Estados Unidos, o movimento inspira iniciativas na Espanha, Canadá, Japão e França

sexta-feira, 20 de janeiro, 2023 - 09:43
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Imagem: Internet

Diante do aumento da população em situação de rua em São Paulo, a Prefeitura investe em casas modulares, de 18m², como opção de moradia para os sem-teto. A previsão é entregar 2 mil unidades até o fim deste ano – a primeira vila foi inaugurada em dezembro no Canindé, na zona norte. Outra frente será um auxílio, entre R$ 600 e R$ 1,2 mil, para quem hospedar pessoas em vulnerabilidade social. 
 
Essas iniciativas fazem parte do decreto que cria o programa Reencontro, a nova política municipal para a população de rua, que deve ser publicado nos próximos dias. Com a pandemia e a piora da crise socioeconômica, o total de sem-teto saltou 31% entre 2019 e 2021 – são quase 31 mil sem ter onde morar, segundo o último censo da Prefeitura. 
 
O manobrista Ricardo Augusto Santos, de 43 anos, destaca que as casas têm número, o que significa um endereço para correspondência. “Quando você vive em um abrigo, sem endereço fixo, as empresas não chamam. Esse momento é de renovação para mim”, diz. Antes de viver ali, Ricardo, a mulher Gilmara e as duas filhas estavam no Centro de Acolhimento Temporário do Canindé. 

O primeiro conjunto neste modelo, no Canindé, abriga cerca de 160 pessoas, tem wifi e regras de convivência. Previsão é entregar duas mil unidades este ano. As casas modulares são diferentes dos abrigos. A ideia é que as pessoas fiquem lá por até dois anos.  

Fonte: Estadão

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