Profissionais alertam para descarte de resíduos de construção de barcos na orla de Manaus

Lixo nas orlas de rios tira beleza do cenário e gera riscos. O assunto foi objeto de reportagem do Jornal A Crítica, caderno de Cidades.

sexta-feira, 15 de maio, 2015 - 11:14
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Parte da orla da cidade de Manaus está recebendo o descarte de resíduos de construção de embarcações. São restos de madeira com pregos, vidros, estofamento e até tiner (solvente para tintas e vernizes), resinas e produtos que têm como base o cobalto, um elemento químico utilizado como componente ativo em formulações de secantes para pintura em óleo, refino de petróleo e outros processos químicos. O alerta foi feito pelo projetista naval Raimundo Júnior, durante encontro com o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (CREA-AM), engenheiro civil Cláudio Guenka. Raimundo Júnior estava acompanhado do engenheiro civil Milton Itaru Shibuya, e do estudante Marcelo Tatsuru Kawashima Shibuya. A intenção dos profissionais é procurar o Poder Público, Ministério Público do Trabalho, órgãos de defesa do meio ambiente, além de entidades que possam colaborar para coibir esse tipo de prática na orla de Manaus. Para Milton Shibuya (foto acima), também falta conscientização da população, em especial das pessoas que vivem e trabalham na orla de Manaus. “A Secretaria de Limpeza Pública faz a sua obrigação, mas cada um tem que fazer também sua parte, o cidadão tem que colaborar; a gente tem que preservar os nossos recursos naturais”, afirmou. Raimundo Júnior (na foto acima) comentou que o descarte indiscriminado de restos de obra de embarcações estaria sendo feito principalmente pelas empresas que constroem os barcos, e que funcionam na região da orla. “Há um descaso total; as famílias trabalham sem um mínimo de critério para descartar o resíduo originário dos estaleiros, reproduzindo práticas nocivas ao rio e demais recursos naturais ao longo de anos; não há nenhuma responsabilidade com o meio ambiente e esse lixo gera riscos porque pode provocar acidentes; vemos pouca ação do Poder Público com relação à construção naval”, alertou o projetista de barcos. O presidente do CREA-AM, Cláudio Guenka, elogiou a postura dos profissionais de fazerem esse alerta, visando à preservação do meio ambiente. O assunto foi tema de reportagem da jornalista Isabelle Valois, do Jornal A Crítica. A matéria, “Lixo na orla de riso tira a beleza do cenário e gera riscos”, foi publicada no caderno de Cidades, no último dia 13, e destacou também situações em outros municípios do Estado, como Parintins (a 364 quilômetros da capital), que estariam sofrendo com o mesmo problema (leia aqui a matéria publicada no portal acrítica.com).     Ouça trechos das entrevistas dos profissionais concedidas ao Portal do CREA-AM:   Engenheiro civil Milton Itaru Shibuya   Projetista naval Raimundo Júnior     Texto e fotos: Acyane do Valle Edição de áudio: Acyane do Valle   Assessoria de Comunicação do CREA-AM (92) 2125-7127 [email protected]

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